Blogue da Escola Secundária de Amora. Espaço de partilha de iniciativas desenvolvidas pelos alunos, no âmbito das disciplinas de Cidadania e Desenvolvimento e Cidadania e Arte ou de atividades com elas relacionadas. A Educação para a Cidadania procura explicitar, no contexto do viver coletivo, a relação íntima entre Conhecimentos e Valores, visando uma participação Cívica cada vez mais ativa, esclarecida e responsável.

Orçamento Participativo - ESA 2024: Resultados

Mil e cinquenta alunos exerceram o seu direito/dever de voto na 7.ª edição do Orçamento Participativo da ESA. A proposta C - Renovação da Polivalente foi aquela que recebeu mais votos. Por isso, está de parabéns. 

Mas, na verdade, todos merecem felicitações. Aqueles que participaram ativamente — apresentando e defendendo as suas propostas, independentemente do resultado obtido, foram um exemplo de exercício de cidadania, pela preocupação e empenho na luta por um bem comum, pela responsabilidade cívica e pelo espírito de camaradagem desenvolvido entre todos — e aqueles que participaram através do voto, manifestando as suas opções em prol da comunidade escolar.

 
Alunos do 9.º A fizeram o escrutínio dos votos, sob a coordenação da professora Filipa Deodato, presidente do Conselho Geral.

Votação em curso

Está a decorrer, durante dois dias (18 e 19 de março), a votação das propostas apresentadas pelas nossas alunas e pelo nossos alunos ao Orçamento Participativo - ESA 2024. 

Já muitos, dos cerca de 1200 estudantes, votaram para expressar o que consideram ser a proposta que melhor contribui para o bem comum da escola. 

A urna móvel é conduzida por alunos do 9.º ano, com a supervisão da Presidente do Conselho Geral, Professora Filipa Deodato.

Orçamento Participativo: hora de votar

Orçamento Participativo — exercício de democracia: sete debates em dois dias

Cerca de 1200 alunos participaram nos sete debates realizados durante os dias 14 e 15 de março sobre o Orçamento Participativo. 
Os autores das três propostas apresentaram e explicaram as razões que os levaram a submeter a escrutínio as suas ideias para a escola. As perguntas, as críticas e as sugestões foram muitas, o que exigiu dos proponentes capacidade de ouvir e capacidade de argumentar. 
Apesar de concorrem entre si, os proponentes desenvolveram um salutar clima de colaboração e diálogo, muito diferente de certas práticas competitivas em que se procura vencer por qualquer meio. Um assinalável sentido cívico e ético esteve sempre presente no comportamento de todos: alunos e alunas.
A moderação dos debates ficou a cargo do presidente da Associação de Estudantes da ESA.
Alguns desses momentos.



A ZERO esteve novamente a trabalhar com os nossos alunos

Dia 14 de março, a ONG ZERO — Associação Sistema Terrestre Sustentável esteve mais uma vez na nossa escola, representada por Ivan Barbeira, para uma sessão de aprofundamento de conhecimentos, com a turma 8.º E, sobre alterações climáticas, no âmbito da disciplina de Cidadania e Desenvolvimento e dentro da temática das comemorações dos 50 anos do 25 de Abril. 

Questões relacionadas com a sustentabilidade ambiental, no período anterior e posterior ao 25 de Abril foram abordadas ao longo da sessão, tendo os alunos manifestado os seus diferentes pontos de vista. 

Fica o registo de um momento das diversas atividades desenvolvidas.

Traumas do passado, feridas no presente — um testemunho

Dia 12 de março, dia em que ocorreu, no nosso auditório, com a participação de várias turmas, a Palestra "Traumas do passado, feridas no presente”, organizada, apresentada e dinamizada pelas alunas do 12º D, Ana Catarina Cardoso, Beatriz Marques, Júlia Alves e Madalena Lopes. 

Esta atividade contou com a presença e o testemunho do convidado Alexandre Marta, ex-combatente da Guerra Colonial.

Foi (mais) um momento marcante das Comemorações dos 50 anos do 25 de Abril na nossa Escola, com a partilha de um valoroso, esclarecedor e emotivo testemunho de quem viveu a guerra, mas também viveu a libertação da guerra, a libertação do país e a libertação dos povos das ex-colónias.

Várias histórias verídicas, vividas na primeira pessoa, foram narradas por Alexandre Marta, abrangendo o «antes», o «durante» e o «pós» 25 de Abril de 1974. Os nossos alunos escutaram com atenção e retiveram pertinentes tópicos reflexivos.

Esta atividade desenvolveu-se no âmbito da disciplina de Cidadania e Desenvolvimento, no contexto do Domínio "Defesa, Segurança e Paz".

URAP - uma «lição» de cidadania

Também no dia 4 de março, foi levada a cabo uma palestra, sobre os 50 anos do 25 de Abril, organizada pela turma 12.º D, no âmbito da disciplina de Cidadania e Desenvolvimento.

A URAP - União de Resistentes Antifascistas Portugueses foi a convidada dos nossos alunos, que se fez representar por José Sampainho e José Pedro Soares. 

Ambos partilharam histórias e momentos da sua vida de luta contra o fascismo e de luta pela liberdade. 

Em particular José Pedro Soares, que esteve preso durante 11 meses e sofreu torturas que o deixaram muito fragilizado e abalado, tendo sido libertado com o 25 de Abril, pôde mostrar aos nossos alunos o que foi a resistência, a prisão e o que foi a conquista da liberdade. 

Foi uma partilha de tal modo intensa que muitos alunos e professores presentes se emocionaram, e as lágrimas surgiram em vários rostos. Tratou-se, pois, de uma significativa «lição» de cidadania que pudemos vivenciar.

A palestra contou com a participação da Banda da ESA, que cantou duas canções de José Afonso: Venham Mais CincoGrândola Vila Morena.

Deixamos aqui um breve registo desse momento.

O Legado de um Cravo


Dia 4 de Março, inauguração, na nossa escola, da exposição O Legado de um Cravo.
 
Esta exposição  foi criada numa parceria entre a Alumira, a Rebobinar, o Museu do Aljube e o Centro de Documentação 25 de Abril, com o objetivo de divulgar o conhecimento sobre os 48 anos de fascismo em que vivemos, sobre o 25 de Abril e o consequente processo revolucionário, até à Cosntituição de 1976. 

São 12 painéis, com documentos históricos e conteúdos digitais, que os nossos alunos passaram a ter acesso a partir de hoje e durante os próximos dez dias.

Temas da exposição:
  • O Legado de um Cravo
  • Deus, Pátria e Família
  • Grandes Demais
  • Como uma grande família
  • Afiado com uma seta
  • Ao serviço de muito poucos
  • Uma agência sem inteligência
  • Nem todos os dias são iguais
  • Um 25 de abril que durou dois anos
  • Liberdades a sério e para todos
  • Em cada esquina, uma revolução
  • Os números do legado
Esta exposição foi-nos cedida pela Câmara Municipal do Seixal.

Da censura à liberdade: como foi concebida, criada e instalada uma obra de arte

A criação artística e o exercício da cidadania juntaram-se e produziram uma bela obra de arte, cujos os autores, as alunas e os alunos do 11.º G, com a colaboração dos colegas do 2.º TT, intitularam de Liberdade Sempre! Censura Nunca Mais! 
Da conceção à instalação, fica uma breve síntese contada em imagens. 


O texto de apresentação da instalação artística lido pelos alunos, no dia 1 de março, dia de Abertura das comemorações dos 50 anos do 25 de Abril, na ESA.
Para ampliar, clicar no texto.

1 de Março: Abertura das Comemorações dos 50 anos do 25 de Abril, na ESA

Dia 1 de março, dia que deu início à celebração dos 50 anos do 25 de Abril, na ESA. 
Aqui fica o registo de alguns dos momentos vividos nesse dia.

Entrada do Pav. A: a arte, o engenho e a homenagem 
ao 25 de Abril do pessoal não docente da ESA.

Abertura (cursos diurnos): estudantes do 11.º A anunciam o início das Comemorações e explicam aos colegas o seu significado (as frases que os encimam também  foram desenhadas e afixadas por membros do nosso pessoal não docente).
O Diretor da ESA partilha com as nossas alunas e os nossos alunos a relevância e o sentido de 50 anos de Liberdade.
Inauguração da instalação artística de homenagem ao 25 de Abril criada pelos alunos do 11.º G e 2.º TT: do lápis
azul da censura aos cravos vermelhos da Liberdade. Os representantes dos autores explicam a obra realizada. 





























Inauguração da ESA TV: nova ferramenta de comunicação da e para
a comunidade escolar, fruto do projeto pedagógico de parceria
entre a ESA-Cidadania e o CIDAC.


Foram ditos poemas de Abril, por alunos
e alunas dos 7.º e 10.º ano.


















       Filhos da Madrugada, canção dançada pelo 11.º A.

Músicas de Abril: a Banda da ESA tocou e cantou canções de José Afonso.

                Grândola, Vila Morena.  

Abertura das Comemorações para os cursos noturnos. 
Apresentação a cargos de alunas da turma 2ESA. 
Tivemos a presença da Câmara Municipal do Seixal 
e da Junta de Freguesia de Amora.

 Dança, pelo Grupo de Dança Contratempo, trazido até nós pelo Centro Qualifica.
A poesia de Abril voltou a estar 
presente, dita por alunas e alunos
dos 7.º e 10.º anos.

Canções de Abril, interpretadas pelo Grupo de Cordas da Universidade Sénior do Seixal


A nossa Banda da ESA, que encerrou os dois momentos de Abertura 
do período que vai celebrar os 50 anos do 25 de Abril de 1974.

Encontro Final: Estereótipos não fazem o meu género

Realizou-se, na tarde do dia 1 de março, o Encontro Final do Projeto Free Choices — Estereótipos não fazem o meu género: escolhas vocacionais e profissionais livres de preconceitos.

Duas escolas do distrito de Setúbal (das oito que, a nível nacional, participaram no projeto), a Escola Secundária de Amora e a Escola Secundária de Bocage, reuniram-se no auditório do Instituto de Ciências Sociais e Política, da Universidade de Lisboa, para os seus alunos partilharem alguns dos produtos que alcançaram no desenvolvimento dos projetos sobre os esterótipos de género.

Para além dos alunos de ambas as escolas e seus professores, também esteve presente no Encontro a responsável pelo projeto, a nível da UMAR, e a coordenadora do Centro Interdisciplinar de Estudos de Género (CIEG), do ISCSP-UL.

Os nossos alunos de Cidadania e Desenvolvimento, das turmas do 8.º B e do 8.º D, apresentaram e explicaram os projetos intitulados, respetivamente, «Desigualdade e desequilíbrio nas oportunidades entre homens e mulheres» e «O Mundo do Futebol».

No primeiro caso, a abordagem das desigualdades de género foi global, simbolicamente retratadas numa escadaria íngreme, que as mulheres têm de subir para atingirem funções elevadas no mundo do trabalho, e numa passadeira rolante, que os homens facilmente usam para atingir as mesmas funções.

No segundo projeto, foi mostrada a evidente desigualdade de género no desporto, neste caso, no futebol feminino, se comparado com o que se passa no futebol masculino, nomeadamente nos patrocínios que empresas e marcas desportivas não fazem num caso e fazem no outro.

O projeto Estereótipos não fazem o meu género, integrado no programa EEA Grants, através da Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género, está próximo da sua conclusão. Foram 

Todos os nossos participantes no projeto, enquanto 
aguardavam a chegada dos alunos da outra escola.

dois os objetivos principais que orientaram o projeto: desconstruir estereótipos que legitimam e contribuem para as assimetrias de género nas escolhas vocacionais e profissionais; trabalhar em rede, envolvendo diferentes atores que possuem um papel relevante para a mudança deste paradigma (escolas, instituições de ensino superior e empresas). 

Ainda que a avaliação final conjunta vá ocorrer dentro em breve, consideramos que o projeto foi, e é, pedagógica e socialmente muito pertinente.