Blogue da Escola Secundária de Amora. Espaço de partilha de iniciativas desenvolvidas pelos alunos, no âmbito das disciplinas de Cidadania e Desenvolvimento e Cidadania e Arte ou de atividades com elas relacionadas. A Educação para a Cidadania procura explicitar, no contexto do viver coletivo, a relação íntima entre Conhecimentos e Valores, visando uma participação Cívica cada vez mais ativa, esclarecida e responsável.

OP - ESA 2024: Propostas

O Orçamento Participativo ESA 2024 está em desenvolvimento. Durante o mês de fevereiro, os nossos alunos movimentaram-se no sentido de, em conjunto, identificarem possíveis melhorias para a nossa escola. Daí resultaram seis propostas! Em reunião realizada na passada semana, os seus  autores identificaram semelhanças entre quatro delas e decidiram pela fusão numa só. Deste modo, serão colocadas a sufrágio três propostas:
A - ESA Samba. 1.º subscritor: Alexandre, do 12.º B.
B - ESA Sports. 1.ª subscritora: Lara, do 8.º C
C - Renovação da Polivalente. 1.ª subscritora: Daniela, do 11.º D.
As outras três propostas foram apresentadas por alunos das turmas do 7.º A, 7.º D e 8.º D.
Segue-se, agora, o período de divulgação e de debates, que culminará com a votação a ocorrer a 18 e 19 de março.




A literatura na luta anticolonial

A turma do 10.º C teve o privilégio de poder conviver, na sua sala de aula, com o poeta angolano Zetho Cunha Gonçalves. 
O nosso convidado partilhou com os nossos alunos histórias reais de ações contra o colonialismo protagonizadas por vários autores e intelectuais africanos, que estudavam em Portugal, durante o período fascista. 

Explicou que foi na Casa dos Estudantes do Império, instituição criada na década de quarenta do século passado, com sedes no Porto, em Coimbra e Lisboa, para acolher os estudantes das antigas colónias portuguesas (onde não existiam instituições de ensino superior), que acabaram por se formar e politizar e de onde saíram muitos dos que seriam os futuros líderes dos Movimentos de Libertação. 

Cunha Gonçalves deu vários exemplos, de entre os quais: Amílcar Cabral, Pedro Pires, Agostinho Neto, Mário Pinto de Andrade, Luandino Vieira, Pepetela, Joaquim Chissano, Marcelino dos Santos, Manuel Pinto da Costa, Francisco Tenreiro, Alda Espírito Santo e Alfredo Margarido.

Muitos desses jovens mostraram que a literatura e a política se envolvem reciprocamente, que não são ou não têm de ser campos distintos.
Zetho Cunha Gonçalves também proporcionou aos nossos alunos o prazer de conhecerem e de ouvirem alguns poemas ditos pelo próprio autor.

A presença entre nós deste poeta foi possível através da parceria que, no contexto da disciplina de Cidadania e Desenvolvimento, é mantida há vários anos com Raja Litwinoff, autora, tradutora e especialista alemã, que viveu em vários países de África no âmbito da cooperação para o desenvolvimento, e é a dinamizadora da editora Falas Africanas.
Esta atividade insere-se no projeto que o 10.º C está a desenvolver, no âmbito das comemorações dos 50 anos do 25 de Abril.

A (des)igualdade de género no mundo do trabalho, antes e depois do 25 de Abril

As turmas do 11.º B, 11.º TT e 12.º TT e respetivos professores participaram no colóquio-conversa intitulado As desigualdades entre homens e mulheres no mundo do trabalho, antes e depois do 25 de Abril, realizado no passado dia 5 de fevereiro. Esta é uma temática transversal aos domínios que estes alunos estão a trabalhar na disciplina de Cidadania e Desenvolvimento. O convidado, para nos ajudar a conhecer melhor estas realidades, foi o Coordenador da Frente Comum dos Sindicatos da Administração Pública, Sebastião Santana.

O colóquio iniciou-se com uma breve introdução histórica feita pelo nosso convidado, na qual caracterizou, com exemplos e estatísticas, a situação de grave discriminação das mulheres, em contexto laboral e social, antes da revolução de Abril de 1974. 

De seguida, elencou várias das conquistas que, neste âmbito, foram alcançadas com o derrube do regime fascista e a conquista da liberdade

Finalizou, salientando que, apesar de muitos direitos a nível da igualdade de género estarem reconhecidos na lei, há muitas situações em que empresas privadas não cumprem o que está legalmente determinado. 

Depois desta intervenção inicial, os nossos alunos tiveram a oportunidade de conversar com o coordenador da Frente Comum, pedindo esclarecimentos, colocando perguntas sobre aspetos específicos da desigualdade de género e questionando sobre os meios que mulheres e homens têm para a combater.

O colóquio terminou em ambiente informal e de proximidade entre alunos e convidado, o que possibilitou momentos de diálogo aberto e de partilha de opiniões e perspetivas.

Experiências desta natureza ajudam na capacitação dos nossos alunos para o exercício mais informado e responsável da cidadania. 

Em simultâneo possibilitam o desenvolvimento de uma cultura de abertura e aproximação entre escola e diferentes organizações sociais, neste caso, os sindicatos.

Orçamento Participativo ESA 2024 - Exercício de Democracia

Começa hoje, dia 5 de fevereiro, o Orçamento Participativo ESA 2024. É a 7.ª edição dos orçamentos participativos, iniciados em 2017.

Esta edição coincide com os 50 anos do 25 de Abril, e a campanha de esclarecimento e de divulgação das propostas, assim como os debates, irão desenvolver-se durante o mês de março, precisamente o primeiro dos dois meses que a ESA vai dedicar às comemorações de meio século da Revolução de Abril.
Esta será uma das atividades que, pela sua natureza, ilustra e realiza uma das razões pelas quais a Revolução ocorreu: possibilitar a Participação de todos na construção do Bem Comum, em Liberdade, em Democracia.

Hoje, inicia-se o período, que decorre até ao próximo dia 26 de fevereiro, em que os alunos da ESA poderão pensar, dialogar e organizar-se para apresentarem propostas que considerem poder ser contributos relevantes para a melhoria da sua escola, à semelhança do que aconteceu nas edições anteriores.
Recordamos:
2017 - Aquisição de instrumentos de música — o que tornou possível a formação da banda da escola, que cada vez mais mobiliza os nossos alunos;
2018 - Aquisição de uma estufa — o que possibilitou o desenvolvimento de um projeto de agricultura biológica levado a cabo por alunos e professores;
2019 - Realização de uma pintura mural alusiva à Paz, num dos muros de entrada da escola;
2020 - Devido à situação pandémica, o OPE, que já estava em curso, foi interrompido, não tendo sido possível concluí-lo;
2021 - Aquisição de malas de primeiros-socorros para cada um dos pavilhões da escola;
2022 - Aquisição de mesas e bancos para o recinto exterior — o que permitiu a criação de uma espaço de lazer numa das zonas verdes da ESA;
2023 - Aquisição de sofás, pufes e mesas de carregamento de telemóveis ou computadores para a sala polivalente, o que permitiu a criação de um espaço interior de lazer.

Em todos estas edições, realizaram-se debates, no auditório, em que os mais de mil alunos da ESA puderam participar e intervir, colocando questões, fazendo críticas de apoio ou de oposição às propostas apresentadas (a exceção, devido às restrições sanitárias da pandemia, foi o ano de 2021, em que, presencialmente, no debate, só esteve uma turma — todos os outros alunos tiveram a oportunidade de acompanhar e participar através da sua transmissão em direto, no Youtube).

Este ano, a verba disponível é de 1150 euros. O que irão os nossos alunos propor?

O regulamento, o calendário e o formulário para apoio de propostas estão disponíveis, respetivamente, aquiaqui e aqui.
Relembramos que o último dia para entrega de propostas é 26 de fevereiro.