Blogue da Escola Secundária de Amora. Espaço de partilha de iniciativas desenvolvidas pelos alunos, no âmbito das disciplinas de Cidadania e Desenvolvimento e Cidadania e Arte ou de atividades com elas relacionadas. A Educação para a Cidadania procura explicitar, no contexto do viver coletivo, a relação íntima entre Conhecimentos e Valores, visando uma participação Cívica cada vez mais ativa, esclarecida e responsável.

Cabazes solidários

As alunas Alicia Varela, Nádia Silva, Nádia Claro, Patrícia Vieira e Beatriz Araújo, do 12.ºF, enviaram-nos este testemunho:

«O nosso projeto, realizado no âmbito de Cidadania e Desenvolvimento, no domínio do Voluntariado, tinha como principal objetivo ajudar famílias carenciadas. Assim, com a ajuda da nossa turma, fornecemos alimentos para a Associação Tutores de Bairro, sendo aqueles utilizados para cabazes entregues a diversas famílias, no decorrer de uma festa de Natal promovida por esta Associação.

Ficamos muito satisfeitas ao saber que este projeto vai ajudar muitas famílias especialmente nesta época de Natal.»

Os direitos das crianças

Os alunos do 12.º B organizaram uma palestra dedicada ao tema dos direitos da criança. Convidaram a associação Meninos do Mundo, cuja presidente é encarregada de educação de uma das alunas da turma, para dar a conhecer o trabalho que desenvolve e, a partir daí, suscitar uma reflexão coletiva sobre os graves problemas que milhares de crianças, em todo o mundo, sofrem. Para que a reflexão fosse mais alargada e participada, convidaram também os colegas do 11.º C.

Os três membros desta ONGD que vieram à ESA (a presidente, uma psicóloga e um enfermeiro) explicaram a missão que os orienta, totalmente realizada em regime de voluntariado, e relataram várias situações reais de violação dos direitos da criança com que recorrentemente se confrontam, em particular, em países africanos, onde com frequência se deslocam. Situações que impressionaram os nossos alunos e lhes suscitaram diversas perguntas e reflexões que incidiram muito nos possíveis contributos de cidadania que eles próprios poderiam dar para ajudar a minimizar os problemas narrados durante a palestra.

O desenvolvimento e as alterações climáticas


Uma parceria com a ZERO — Associação Sistema Terrestre Sustentável — possibilitou levar até aos alunos de três turmas da nossa escola um dos seus projetos: Ativa ClimACT. 

Este projeto tem dois objetivos principais: contribuir para a consciencialização da população relativamente aos impactos das alterações climáticas e fornecer aos jovens ferramentas teóricas e práticas possibilitadoras de ações que contribuam para o fim do aquecimento global em curso — condições necessárias para um desenvolvimento equilibrado.

Assim, no passado dia 9 de dezembro, os alunos das turmas do 9.º B, 11.º B e 11.º C tiveram a possibilidade de, em três sessões autónomas, aprofundar o seu conhecimento relativamente às principais causas que estão na base das alterações climáticas e de pensar que comportamentos individuais e coletivos podem adotar e propor para todos combatermos a catástrofe ambiental em desenvolvimento. Conhecimentos científicos, valores e ações de cidadania foram as âncoras das atividades realizadas.

A dinamizar estas sessões esteve Ricardo Filipe, engenheiro biomédico da ZERO, que contou com a colaboração dos professores de Cidadania e Desenvolvimento e de outras disciplinas.

O registo de alguns momentos do trabalho realizado com as três turmas:





Exposição

Foi hoje, 22 de novembro, aberta à comunidade educativa a exposição Para uma história do movimento negro em Portugal, 1911-1933 — Roteiro para uma educação antirracista. 
Esta exposição tem como objetivo contribuir para a desocultação da História da população negra em Portugal, resgatando a memória sobre a geração de afrodescendentes que, no início do século XX, constituiu o primeiro movimento pan-africanista da cidade de Lisboa.
Os autores deste trabalho de investigação são os professores Cristina Roldão, José Pereira e Pedro Varela, da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Setúbal.
A exposição poderá ser visitada entre os dia 22 e 25 de novembro, na sala polivalente da ESA.
Este evento tornou-se possível pela parceria que a escola tem com o Projeto Tutores de Bairro E8G e com a editora Falas Afrikanas.





Para quem desejar consultar, fica aqui a ligação eletrónica da edição comemorativa do 110.º aniversário do jornal O Negro: https://archive.org/details/jornal-o-negro-110anos.

Uma resposta poética

No âmbito da unidade «Ambiente» do programa de Inglês, do 11.º ano, foi pedido aos alunos, pela professora desta disciplina, um texto curto, subordinado à pergunta: «O que dirias à humanidade se fosses uma árvore?». Pergunta esta também relacionada com o domínio da Educação Ambiental, que a turma está a trabalhar na disciplina de Cidadania e Desenvolvimento.

Fica aqui a resposta poética da aluna Inês Brito, do 11.º A.

Hoje é dia de participação eleitoral

No exercício do direito e do dever de votar.
Estão a decorrer hoje, 17 de novembro, as eleições para a Associação de Estudantes da Escola Secundária de Amora. 

Concluído o período destinado à campanha de divulgação e debate das propostas das quatro listas concorrentes, estamos no momento do escrutínio.

Independentemente do que disserem os resultados finais, a empenhada participação dos proponentes, dos apoiantes e de muitos outros alunos nas atividades desenvolvidas constitui, do ponto de vista da formação cívica destes jovens estudantes, o elemento mais relevante de todo o processo.

Esterótipos não fazem o meu género — um projeto de múltiplas parcerias

Iniciou-se neste mês de novembro, com três turmas do 7.º ano (A, B e D), na disciplina de Cidadania e Desenvolvimento, o projeto «Esterótipos não fazem o meu género: escolhas vocacionais e profissionais livres de preconceitos», em parceria com a UMAR - União das Mulheres Alternativa e Resposta, uma ONG representada no Conselho para a Igualdade e Direitos das Mulheres. 

Alguns dos objetivos deste projeto: 

a) Implementar um programa de prevenção de estereótipos de género e promoção de igualdade de género, focado nas escolhas vocacionais e profissionais, em contexto escolar com jovens do 7.º ano ao 9.º ano;

b) Capacitar profissionais com funções em contexto escolar para a promoção de escolhas vocacionais livres de estereótipos de género;

c) Apresentar os/as jovens ao mundo do trabalho através de visitas guiadas e workshops;

d) Partilhar experiências e conhecimentos com especialistas nacionais e internacionais.

Neste projeto participam, para além de quatro escolas do distrito de Setúbal e outras quatro do distrito do Porto, as seguintes instituições: Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas, da Universidade de Lisboa, Instituto Politécnico do Porto, Universidade de Jyväskylä, ATEC - Associação de Formação para a Indústria, Associação Nós - Instituição Particular de Solidariedade Social - e a Icelandic Women's Rights Association.

O financiamento do projeto está a cargo dos EEA Grants (um acordo celebrado entre a União Europeia e a Noruega, a Islândia e o Liechtenstein).

Cidadania associativa

Anfiteatro cheio, no momento de um dos debates realizados.

Está a decorrer, na ESA, a campanha eleitoral para a Associação de Estudantes. Apresentam-se a sufrágio quatro listas: A (Aladin), T (Turistas), U (União) e V (Vaquinhas). 

Para além de diversas iniciativas organizadas pelas diferentes listas, realizaram-se, na passada quarta-feira, dia 9 de novembro, quatro debates entre os representantes de cada uma das propostas. Nestes debates, foi possível testemunhar o modo civilizado com que ideias, argumentos e divergências foram apresentados e debatidos pelos protagonistas e pelas cerca de cinco centenas de alunos que neles participaram. Foram momentos de verdadeiro exercício de cidadania associativa. 

No próximo dia 17 ocorrerá o ato eleitoral, do qual resultarão os novos órgãos da Associação de Estudantes da ESA.

Os nossos alunos foram «professores» dos mais pequeninos

No âmbito da disciplina de Cidadania e Desenvolvimento, os alunos Ana Mafalda, Leonor, Mafalda, Rafaela, Rodrigo e Marisa, do 9.º B, estão a desenvolver um projeto que tem um público alvo mais jovem e cujo ponto de partida é a pergunta: «Afinal, o que é isto do desenvolvimento sustentável?» 

A partir desta questão, e pensando nos mais pequeninos, os nossos alunos entraram em contacto com a 

Escola Básica da Medideira, nossa vizinha, propondo uma deslocação até às suas instalações, para realizarem uma atividade com as turmas do 3.º e 4.º anos. A proposta foi aceite e a atividade foi realizada com muito sucesso.

Os meninos destes anos aderiram e participaram ativamente nas atividades sugeridas pelos nossos alunos, quer utilizando a plataforma Kahoot, quer construindo uma árvore reutilizando papel e plástico, quer dialogando muito com os novos «professores» (pouco mais velhos do que eles...) sobre medidas e comportamentos a adotar diariamente. 
Os mais pequeninos mostram-se convictos agentes de mudança em defesa de um desenvolvimento equilibrado e justo, que satisfaça as necessidades das atuais mas também das futuras gerações.

No decurso da preparação e da realização desta atividade, foi desenvolvida uma ótima cooperação entre alunos, auxiliares e professores de ambas as escolas.

Dia Nacional da Mobilidade na ESA


Quatro turmas da nossa escola assinalaram, durante a manhã da passada quinta-feira, 20 de outubro, durante as aulas de Cidadania e Desenvolvimento, o Dia Nacional da Mobilidade. 
Em parceria com a Associação Salvador e com a EPIS, os alunos do 8.º A, 10.º TC/TG, 11.º D e 12.º TAE desenvolveram atividades que lhes permitiram ter uma vivência aproximada de alguns dos problemas que os seus colegas com mobilidade reduzida enfrentam e, ao mesmo tempo, lhes possibilitaram dar contributos no sentido de ajudarem a minorar alguns desses problemas.
As atividades iniciaram-se na sala de aula com o visionamento de um vídeo que narra, na primeira pessoa, a história real de Salvador Mendes de Almeida, que aos 16 anos de idade ficou tetraplégico em consequência de um acidente de mota. 
Uma breve reflexão sobre o conteúdo deste vídeo, uma explicação dos vários tipos de deficiência (motora, sensorial e cognitiva) e uma reflexão sobre o correlativo valor/direito à inclusão constituíram a introdução à proposta que foi feita aos nossos alunos: 
— experienciarem, utilizando cadeiras de rodas, vendas nos olhos e muletas, algumas das  dificuldades que as pessoas com mobilidade reduzida enfrentam ao circular dentro do nosso recinto escolar;
— no decurso dessa experiência, identificarem os espaços/locais que acautelam e os que não acautelam as necessidades de quem tem a mobilidade reduzida;
— elaborarem um relatório, ilustrado com fotografias, para ser entregue à direção da escola com o pedido de ser endereçado à Parque Escolar.
Esta atividade contou com o apoio logístico da Junta de Freguesia de Amora e dos Bombeiros Mistos de Amora.

Alguns registos da atividade desenvolvida, onde todo o recinto escolar foi escrutinado: escadas, corredores, elevadores, rampas interiores e exteriores, cantina, bar, biblioteca, máquinas, campos de jogos, pavilhão gimnodesportivo, papelaria, secretaria, proteções da chuva e percursos entre pavilhões.
Na próxima semana, os relatórios elaborados pelos alunos deverão estar prontos.





Alunos da ESA conheceram o FiSahara

No dia 6 de outubro, as turmas 2TAS, 2TT e 3TT da nossa escola deslocaram-se ao Auditório Municipal do Fórum Cultural do Seixal para participar numa sessão de cinema, seguida de debate, referente ao FiSahara — Festival Internacional de Cinema do Sahara Ocidental.

Este festival de cinema tem como objetivo aumentar a consciencialização internacional sobre o conflito ignorado do Sahara Ocidental. O FiSahara tem, por isso, uma dimensão alargada ao usar o cinema como ferramenta de autoexpressão, de resistência cultural e de ativismo dos direitos humanos do povo Saharauí.

Uma parte importante da programação do FiSahara baseia-se na premissa de que o acesso ao lazer, à cultura e ao entretenimento são direitos humanos básicos.

O filme em exibição, Life is Waiting, de Iara Lee (2015), é um documentário que retrata o conflito do povo Saharauí de uma perspetiva não violenta, focando-se especialmente na arte como ferramenta de resistência e ativismo pela causa deste povo.

Para os estudantes da nossa escola constitui um exemplo de exercício da cidadania e uma motivação acrescida para a utilização de linguagens artísticas no trabalho de projeto.

Entre outros contributos, desperta, também, para a consciencialização da importância de preservar a memória de um povo e do respeito pelo testemunho dos anciãos.

Esta atividade foi promovida pelo Departamento de Cultura da Câmara Municipal do Seixal em colaboração com o PCE (Projeto Cultural de Escola).